Antonino Oliveira Júnior
O
que é ser um homem do povo? Como se constrói uma vida identificada com o povo?
Será, simplesmente, andar pelas ruas da
cidade, vestido com roupas simples, a dar tapinhas nas costas, ou, ainda, beber
nas mesas de um bar, misturar-se freneticamente ao burburinho inconsciente e
inconsequente dos apaixonados?
Um
homem do povo deve ser uma liderança nata, identificada com os problemas de sua
comunidade, jamais uma coisa programada para assumir tal postura. Fundamental é
que a sua vida seja forjada nas lutas populares ao longo de sua vida, jamais
uma mistura processada em bastidores com fins específicos. Um amigo, certa vez,
falou com propriedade: “não confunda cara feia com seriedade” e eu aproveito e
faço uma analogia: Não podemos confundir quem tem apenas uma vida simplória com
um homem do povo.
Um
homem do povo traz em seus ombros o peso do conhecimento, as marcas dos
sofrimentos de seu povo, a ânsia estampada nas suas ações, o desejo, quase
insano, de tentar resolver os problemas dos que estão ao seu redor. O
verdadeiro homem do povo demonstra sua altivez ao liderar sua comunidade na
busca de soluções; lidera, leva a população à luta, à busca das conquistas.
Jamais dá um prato feito, para não correr o risco de criar em seus liderados o
sentimento mesquinho da dependência. O verdadeiro homem do povo respeita e se
faz respeitar, não pela imposição, mas, pelo exemplo de solidariedade e de
disposição para lutar junto.
Outubro
vem aí e com ele as eleições. Eu não vou votar por um sorriso fácil, nem no
populismo do faz de conta. Quero saber
de seu conteúdo, de como ele enxerga as lutas populares, de seu compromisso com
a história de luta de nossa gente. Eu não quero votar numa Xerox de ninguém,
tampouco num mosaico com pedaços de várias outras pessoas. Eu quero votar
naquele que pare para escutar os anseios da população, que se aprofunde com
sabedoria em tudo o que norteia o município. Eu quero votar num Prefeito que me
tenha e ao povo do município como parceiros do desenvolvimento que queremos e
que precisamos. Enfim, eu quero ser protagonista de uma nova história para o
nosso povo, uma história horizontal, com passado, presente e futuro.
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